10 de Setembro de 2006
Fui dormir mais cedo por motivos que desconheço. Talvez esperança, humor ou mesmo cansaço. E sonhei.
Sonhos podem dizer muita coisa ou podem não dizer nada. Já sonhei com lugares, decisões ou pessoas. Mas o desta noite foi um pouco diferente.
Eu estava no Japão. Acho. A mesa baixa não tinha cadeiras e as paredes eram corrediças de um material que deixava passar a sombra. Pareceu-me oriental.
Caminhei poucos passos até uma porta que parecia brilhar. E então, atrás dela, estava quem eu procurava. Linda. Os cabelos compridos pareciam balançar com o vento. Os olhos brilhavam como se refletissem a Lua. E o sorriso, hipnotizante, despontava nos lábios mais doces que eu já tinha visto.
Eu nem questionei como o vento e a Lua podiam estar no quarto. Apenas olhei, olho no olho como já fiz há muito tempo atrás.
Abracei-a e nem sei quanto tempo chorei. Um choro de redenção, de dor, de esperança. Pude sentir o perfume e inundei-me em pensamentos. Amor que é amor, existe em qualquer planeta.
Já não importa o que falei, quantos beijos dei ou quanto da esperança me fortaleceu. O tempo parou nesse instante e a Terra, enfim, ficou tão distante. Dos obstáculos que se interpõe à essa felicidade, não havia lá nenhum.
Pausa. Não posso mensurar o tempo que isso tudo durou. Pareceram anos. Acordei.
Embora tivesse os olhos abertos, não ousei olhar pro lado. Sabia que ela não estaria ali. Mas sorri. Um sorriso de carinho, amor e paz. Sonhos podem dizer muita coisa ou podem não dizer nada. Este, disse apenas o que eu já sabia.
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